Jobim nega adiamento na compra de caças da FAB
Rio de Janeiro. O ministro Nelson Jobim (Defesa) afirmou ontem que não houve adiamento na definição sobre a compra dos caças da Força Aérea Brasileira (FAB). Para ele, "há tempo para tomar essa decisão".
Ele considerou "normal" a demora e atribuiu a "lobbies de empresas não concorrentes" a notícia de que a presidente Dilma Rousseff adiou a decisão sobre qual modelo adquirir.
Jobim classificou a informação como "balbúrdia".
"Essas coisas são absolutamente normais. Demanda tempo e temos interesse em assegurar esse tempo", disse. Para ele, a decisão não deve sair logo em razão do apoio a cidades afetadas pelas chuvas. Pesa também o anúncio de corte no orçamento. Nelson Jobim também negou que Dilma tenha decidido interromper a compra de navios para a Marinha.
Concorrentes
Disputam a venda de 36 caças ao Brasil a francesa Dassault (tida até 2010 como favorita), com o Rafale; a norte-americana Boeing, com o F-18 Super Hornet; e a sueca Saab, com o Grippen.
A russa Sukhoi foi eliminada, mas poderia voltar se a licitação fosse reaberta. Também demonstrou interesse em entrar no processo a Lockheed, dos EUA.
O preço do pacote que inclui aviões, armas, logística e transferência de tecnologia varia.
A proposta francesa é de US$ 6,2 bilhões, a norte-americana US$ 5,7 bilhões e a sueca US$ 4,5 bilhões.