terça-feira, 31 de julho de 2007

Jobim destituirá o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, após a escolha de um substituto

* O ministro da Defesa, Nelson Jobim, acertou ontem com o presidente Lula a demissão do brigadeiro José Carlos Pereira do comando da Infraero, estatal que administra os aeroportos.

Jobim agora procura um nome civil para o cargo e pretende transformar a companhia numa empresa mista, com até 49% das ações negociadas em bolsa.

Também ficou acertado que por enquanto não haverá mudanças na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou a redução do número de vôos em Congonhas.

O governo quer acabar com escalas, conexões e restringir vôos diretos para, no máximo, 11 destinos.

Jobim comunicou a Lula que vai destituir o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, tão logo encontre um substituto.

(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Gabinete de crise poderá ser criado pelo Ministro da Defesa para reajustar todo o sistema

* O novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, deve criar um gabinete de crise à semelhança do que foi criado para o apagão elétrico e comandado por Pedro Parente, para quem o ajuste de agora precisa "atingir todo o sistema".

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


OPINIÃO DO BLOG:

Fala-se, agora, em sistema.

Na realidade, o setor funciona como um não-sistema.

Entretanto, isto já constitui um avanço, pois representa um ponto de partida para a utilização do pensamento sistêmico na estruturação do setor.

A filosofia sistêmica permeia todos os nossos blogs.

Insistiremos na sua divulgação e na proposta de emprego desta metodologia, em todo o serviço público federal.

domingo, 29 de julho de 2007

Se o Exército serve para patrulhar as ruas do Rio, porque querem alijar a FAB do processo de controle de vôos?

* Exército nas ruas do Rio

Cabral vai insistir com Jobim sobre o uso de tropas no combate ao crime.

Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)


OBSERVAÇÃO DO BLOG:

O Governador Sérgio Cabral acha que, agora, poderá conseguir o seu intento no sentido de que o Exército passe a patrulhar as ruas do Rio e a combater o crime organizado, sob o argumento de que o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, é jurista e do PMDB.

A primeira assertiva é correta, pois se trata, realmente, de um problema jurídico uma vez que esta tarefa não lhe é atribuida,constitucionalmente, senão em certas condições.

Quanto a segunda, verifica-se que o Governador fluminense tenta partidarizar a gestão do Ministro da Defesa que não foi nomeado com o apôio do seu partido (o PMDB), pois foi incluído na cota pessoal do presidente.

Destarte, o Sr Sérgio Cabral parece seguir pela trilha tortuosa e ladeirenta percorrida, até agora, por políticos tendenciosos, tanto no que tange ao papel do Ministério da Defesa quanto ao problema do controle de vôo de aeronaves civís, os quais buscam, sempre, partidarizar e ideologizar estes temas, cujos resultados, desastrosos, seria ocioso enumerar ou descrever, pois as publicações de toda a imprensa demonstra.

Entretanto, a solicitação do Governador do Estado do Rio de Janeiro sugere uma indagação:

Se o Exército serve para patrulhar as ruas do Rio, porque a FAB não serve para controlar vôos?

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sábado, 28 de julho de 2007

Jobim define o estilo no Ministério da Defesa: "Quem manda é o Ministro"

* "Aja ou Saia"

* Um dia antes, ao ser anunciado para o cargo, Nelson Jobim adiantou o estilo que pretende imprimir na Defesa.

"Quem manda é o ministro", disse ontem, ao assumir formalmente o posto, voltou à carga enquanto encarava e constrangia, com o discurso, o antecessor, Waldir Pires, e o alto comando das forças armadas.

"Nunca se queixe, nunca se explique, nunca se desculpe", disparou.

"Aja ou saia. Faça ou vá embora".

O brigadeiro José Carlos Pereira passará pelo teste com Jobim hoje:

"Vou perguntar: Chefe, quer que eu fique ou saia?", antecipou o presidente da Infraero.

Nos aeroportos, houve menos atrasos e cancelamentos de vôos do que na véspera.

Mas o novo ministro não deu prazo para o fim do caos.

"Precisamos escolher nossas prioridades", afirmou.

"Se o preço da segurança for manter a fila, ela será mantida"

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Presidente LULA: Defesa está aquém das exigências

* A missão do ministro Jobim não é só superar a crise dos aeroportos. O desafio é fazer o Ministério da Defesa justificar a sua existência.

O tempo dirá se está à altura da missão. (Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás - 26-07-07)


* Defesa está aquém das exigências, diz Lula

Presidente fez afirmação em discurso, na saída de Waldir Pires e posse de Nelson Jobim.

Segundo ele, Pires não foi demitido, mas pediu demissão do ministério devido à crise.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta (25), durante a posse do ministro Nelson Jobim, que o Ministério da Defesa não atende às necessidades do país e que é preciso "repensar" a pasta.

Lula fez a afirmação no Palácio do Planalto, diante de Jobim e do antecessor Waldir Pires, substituído em razão do agravamento da crise aérea, após o acidente com o avião da TAM, no Aeroporto de Congonhas, no qual morreram pelo menos 199 pessoas.

"Digo categoricamente que é preciso repensar neste país o Ministério da Defesa. Porque o Ministério da Defesa, tal como está, está aquém daquilo que é a exigência da sociedade brasileira.

É preciso que tenhamos um ministério com a força suficiente pra fazer o que precisa ser feito.

Desde reequipar as Forças Armadas brasileiras até colocar pessoas para tomar conta de tudo o que é pertinente."

Com a substituição, o PT perde um ministro e o PMDB ganha mais um. Advogado, Nelson Jobim é ex-deputado e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.

Nem Jobim nem Pires discursaram após o presidente.

Para Lula, "não é segredo para nenhum brasileiro que temos uma crise no setor aéreo, numa combinação de várias coisas que vêm acontecendo nos últimos meses".

Medo

O presidente disse ter medo de voar de avião e disse que "pede a Deus" para que não ocorra outro acidente. "Quando o avião fecha a porta eu entrego minha sorte a Deus.

E entrego porque estou na mão de um comandante, de uma máquina ultramoderna, de controladores de vôo, mas também das intempéries que os seres humanos nem sempre podem controlar", disse.

"Se pudesse pedir a Deus, pediria que esse [acidente com avião da TAM] fosse o último acidente de avião que acontecesse no planeta.

Não será.

Deus queira que não seja no Brasil, mas pode acontecer", completou Lula.

Jobim diz que assume Defesa com "carta branca" e sinaliza mudanças na Anac

25/07/2007

RENATA GIRALDI

da Folha Online, em Brasília

O novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, sinalizou hoje que está disposto a mudar o comando da Infraero (estatal que administra os aeroportos) e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Ele disse que recebeu "carta branca" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer as mudanças necessárias para acabar com a crise do setor aéreo.

"Se houver necessidade, eu tenho carta branca. Tenho de definir esse diagnóstico [do setor]. Não tenho como definir condutas sem antes ter um diagnóstico", afirmou Jobim logo após tomar posse no Ministério da Defesa.

Jamil Bittar/Reuters
Lula dá posse a Nelson Jobim no Ministério da Defesa com a missão de contornar crise
Lula dá posse a Nelson Jobim no Ministério da Defesa com a missão de contornar crise

Pela lei, Jobim não tem poder para demitir o presidente da Anac, Milton Zuanazzi. A estabilidade é garantida pela lei que regulamenta as agências reguladoras e se estende a todos os diretores da Anac e das demais agências. O mandato de Zuanazzi vai até 2011.

Questionado sobre como realizar mudanças na Anac frente à estabilidade de Zuanazzi no cargo, Jobim afirmou que a agência foi criada para funcionar e dar resultados.

"As regras não são estabelecidas dessa forma. Nessa circunstância, se houver necessidade, haverá um debate. As regras [sobre a estabilidade do mandato nas agências] foram feitas para dar resultado não para ser mantidas. Precisa dar resultado."

Jobim afirmou que se houver mudanças no comando da Anac, elas não serão partidarizadas e deverão levar em conta a capacitação técnica dos nomeados. "Temos de restabelecer um sistema que funciona e não um [sistema ] que depende de pessoas para funcionar. Se mudanças houver, não serão partidarizadas."

Após a queda do avião da TAM, na semana passada, a sociedade passou a questionar a falta de capacitação técnica dos integrantes da Anac. Engenheiro mecânico de formação, Zuanazzi fez pós-graduação em sociologia e tentava terminar mestrado em turismo quando foi nomeado para a presidência da Anac. Ele foi vereador de Porto Alegre e assessor de Walfrido dos Mares Guia no Ministério do Turismo.

Comando

Jobim fez questão de dizer que ele está no comando da Defesa e do plano que será implementado pelo governo para solucionar o caos aéreo. "A hierarquia parte do ministro. Quem manda é o ministro."

Ele fez ainda o diagnóstico de que há um problema de "comando" no setor aéreo. "Vamos tomar as providências necessárias e fazer aquilo que precisa ser feito para mudar. Hoje há uma certa disparidade. Estamos com problema de comando", afirmou.

Segundo ele, o problema passa pela falta de estruturação e relação entre os órgãos responsáveis pelo gerenciamento do setor aéreo. "Há um problema de falta de estruturação de inter-relação nessa situação emergencial e no Ministério da Defesa para que seja integrador de política de segurança."

Prazos

O ministro afirmou ainda que a sociedade terá as respostas que necessita, mas preferiu não definir prazos nem períodos exatos. Segundo ele, é necessário primeiro conhecer tudo que envolve a crise e o setor aéreo.

Na avaliação de Jobim, o ideal é que o país volte a ter estrutura que existia antes do acidente da Gol em setembro passado.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u315089.shtml